segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cruzadas 2/2


Primeira Cruzada (1095-1099)
O papa Urbano II, recebeu do imperador bizantino Aleixo I Comneno, o pedido de ajuda militar contra os infiéis muçulmanos. No Concílio de Clermont, em 1095, o papa convocou os fiéis cristãos para uma guerra santa contra o Islão. Os cavaleiros tomaram a cruz branca como símbolo da cruzada.
Antes da partida dos cavaleiros, um grupo de fiéis exaltados, originários das baixas camadas sociais, partiu em direção a Jerusalém, sob a liderança do místico Pedro, o Eremita. Sem organização, armamento e sistema de abastecimento, a Cruzada dos Mendigos, foi totalmente destruída ao chegar à Ásia Menor.
Em 1096, partiram oficialmente os cavaleiros da Primeira Cruzada.  Seus chefes eram Roberto da Normandia, Godofredo de Bulhão, Balduíno de Flandres, Roberto II de Flandres, Raimundo de Tolosa, Boemundo de Tarento e Tancredo, chefe normando do sul da Itália.
Passando por Constantinopla, onde receberam o apoio do imperador bizantino, os cruzados sitiaram Nicéia; tomaram o Sultanato de Doriléia, na Ásia Menor; conquistaram Antioquia; e finalmente avançaram sobre Jerusalém, conquistada em 15 de julho de 1099, depois de um cerco de cinco semanas.
Os chefes cruzados fundaram então uma série de Estados Cristãos no Oriente Médio, cuja organização obedecia ao sistema existente na Europa, o feudalismo.


Texto de Antonio Mendonça
Traçar a notável história dos Templários leva-nos a uma viagem pela Europa com a história no século XI no tempo das Cruzadas. Nesse tempo, o que conhecemos agora como países da Europa não tinham emergido ainda. O continente era uma amálgama de reinos menores, cada um com seu governo próprio.  Muitas das disputas contínuas entre reinos eram iniciadas por "guerrinhas”. Não era um bom lugar para viver. Especialmente se você fosse um camponês.
Mesmo assim o povo era unido por uma religião comum: A religião Cristã.  Todos, dos nobres nos seus castelos aos camponeses nas suas rudimentares habitações, conformados à diária, semanal e anual adoração.  O papa, sendo a cabeça da igreja, era representante de Deus na terra.  Tinha suficiente poder para desafiar reis e imperadores.  A palavra do Papa era lei. E esta podia alcançar a mais insignificante aldeia na Grã Bretanha rural, através de uma rede vasta de padres. Durante séculos uma sucessão de papas ousou ter uma guerra de palavras com as casas reais de Europa numa tentativa de criar um império cristão unificado.
Em 1095 os ferozes turcos de Seljuk, guerreiros nômades recentemente convertidos ao Islão, tinham avançado a Leste e tinham estabelecido a sua própria capital a uma distância de 100 milhas de Byzantium (conhecida como Constantinopla, hoje Istambul), a capital do império romano oriental cristão. Instalado o pânico, o Imperador Alexius de Byzantium emitiu uma mensagem ao papa Urbano II, pedindo-lhe ajuda.
Urbano compartilhava o sonho do predecessor de um reino cristão que se estenderia da costa atlântica até à ocidental Terra Santa, unificado sob a batuta papal. O apelo de Alexius para a ajuda serviu perfeitamente as suas finalidades. Urbano, entretanto, não estava satisfeito com a idéia de unicamente defender Byzantium.  Não, este ambicioso papa queria libertar a própria Cidade Santa de Jerusalém, que fora ocupada pelos muçulmanos desde os meados do século VII. Aqui estava uma oportunidade de demonstrar o seu poder aos reinos da Europa. Uma oportunidade única de auto-promover o seu nome.
Numa extraordinária excursão de diplomacia, Urbano visitou inicialmente o sul e ao oeste da França, espalhando a notícia de um grande convênio a ser realizado em Clermont, uma cidade no centro-sul da França. Assistiram à reunião centenas de personalidades.  No dia final, Urbano levantou-se para fazer um discurso. Traçando um retrato terrível da crueldade dos turcos, apelou para que todos os cristãos se esquecessem das suas discussões com o companheiro cristão, e que respondessem à apaixonada chamada para uma grande Cruzada para libertar Jerusalém.
O apelo foi rapidamente remetido através da Europa pela rede da igreja.  Desta maneira, o papa contornou os monarcas dos países europeus e apelou diretamente aos nobres, e aos seus súbditos. Àqueles que viam a guerra como um ato anticristão, Urbano explicou que as palavras da Bíblia tinham sido mal interpretadas. Embora o sexto mandamento indique claramente, não matarás, agora era somente um pecado matar cristãos. Matar muçulmanos era perfeitamente aceitável.  Além disso, Urbano prometia que qualquer um que morresse na batalha estaria perdoado de todos os seus pecados nesta vida e na seguinte seria garantido um bilhete ao para o céu. Mas advertiu também que quem desertasse seria excomungado pela sua covardice.
De entre os cavaleiros de guerra da Europa, muitos dos quais não estavam particularmente bem financeiramente, a oportunidade de pilhar as cidades ricas do leste era irresistível. E com a benção de Deus! De todos os cantos, cavaleiros e camponeses - frequentemente com as famílias inteiras a reboque - marchavam através da Europa com destino a Byzantium. A primeira Cruzada estava em marcha.
Os livros escolares pintavam um retrato romântico da primeira Cruzada: cavaleiros nas suas lindas armaduras lutavam contra os árabes infiéis em nome de Deus. Na realidade, nada podia estar mais longe da realidade.
O mundo árabe era relativamente calmo e civilizado naquela época. A um cavalheiro árabe esperava-se que fosse um poeta e um filósofo assim como um guerreiro. Tinham calculado corretamente a distância da terra à lua. E um árabe tinha sugerido mesmo que se fosse possível dividir o átomo, libertaria suficiente energia para destruir uma cidade do tamanho de Bagdá. Além disso, a própria Jerusalém era uma cidade multicultural. Os judeus, os muçulmanos e os cristãos viviam harmoniosamente. Era permitida aos cristãos em peregrinações a Jerusalém atravessar os lugares Santos.
Em contraste com o bando de Europeus bárbaros que atingiam o Médio Oriente, eram um monte de selvagens em fúria. Queimava-se, pilhava-se, violava-se e destruía-se à sua maneira através da Europa e dos Bálcãs. Quem chegou primeiramente a Byzantium na resposta à chamada de Alexius para a ajuda foi um conjunto 15 000 vagabundos, conduzidos por um monge carismático chamado Pedro o eremita.
O imperador ficou horrorizado. Esperava talvez uma ou duas centenas de cavaleiros armados do papa. Certamente não iria deixar entrar Pedro e os seus desordeiros bárbaros na sua cidade. Foram seguidos por milhares de Francos e de povos germânicos, incluindo cavaleiros e seus seguidores. Alexius enviou-os a todos desordeiramente através do Bósforos na Turquia. Estava feliz por vê-los pelas costas.
Quando os Cruzados chegaram à Turquia do norte, o massacre começou. A cidade de Lycea foi capturada e loteada.  Os relatórios diziam que bebês tinham sido retalhados.  Os idosos eram sujeitos a todos os tipos de tortura. Infelizmente, a maioria dos habitantes de Lycea eram realmente Cristãos.
Os distúrbios continuaram para Sul até à Terra Santa. Após os confrontos com os Turcos os Cruzados regressavam ao campo de batalha com cabeças de muçulmanos enfiadas nas lanças. Numa ocasião fizeram prisioneiros de guerra transportar as cabeças dos seus próprios colegas. Cinqüenta milhas a sul de Antiocia, quando capturaram a cidade Marrat, os cruzados deram-se inclusive ao canibalismo. Como Radulph de Caen, observou. "As nossas tropas cozem pagãos adultos na panela. Enfiam as crianças no espeto e devoram-nas grelhadas". Estes não foram os agentes de Deus. Foram tão somente um bando de carniceiros sanguinários.
Eventualmente, em Junho de 1099, eles chegam a Jerusalém, a qual foi sitiada e capturada em Julho. Os primeiros a porem os pés nas muralhas da Cidade Santa foram dois irmãos flamengos. Por essa proeza tornaram-se heróis legendários. Eles eram tão famosos quanto Neil Armstrong o é hoje. Os Cruzados infringiram medonha carnificina nos indefesos habitantes, massacrando Judeus e Muçulmanos nos seus locais de culto. Foi afirmado que o sangue jorrava pelas pernas dos cavaleiros.
Mas os Cruzados foram julgados por terem sido estonteantes de sucesso.  A Cidade Santa tinha sido recapturada aos infiéis.

Segunda Cruzada (1147-1149)
Dirigida por Conrado III da Alemanha e Luís VII da França.  Esta cruzada foi pregada na Europa por São Bernardo (monge Cister).
A aliança de Conrado III com o imperador bizantino Miguel Comneno e de Luís VII com Rogério II da Sicília, ocasionou o rompimento entre os dois chefes cruzados. E, ao empreenderem ofensiva em terra, foram derrotados em Doriléia. 

Terceira Cruzada (1189-1192)
Esta cruzada foi organizada depois da conquista de Jerusalém pelo Sultão Saladino, em 1187. É a famosa Cruzada dos Reis. Participaram dela Ricardo Coração de Leão (Inglaterra); Filipe Augusto (França) e Frederico Barba Ruiva (Sacro Império).
Apesar de sua coragem e bravura, demonstrada nos combates, Ricardo Coração de Leão não conseguiu retomar Jerusalém, mas assinou um armistício com o Sultão Saladino, pelo qual os cristãos eram autorizados a peregrinarem até Jerusalém. 

Quarta Cruzada (1202-1204)
O papa Inocêncio III convocou mais uma cruzada, esta com a finalidade de dirigir-se ao Egito. Financiada pelos mercadores de Veneza e viciada em suas origens pelo interesse mercantil, acabaria inteiramente desvirtuada de seus objetivos cristãos.
A Quarta Cruzada assinalou o declínio mercantil de Constantinopla e a ascensão das cidades italianas, que passaram a monopolizar o comércio de especiarias no Mediterrâneo.

Quinta Cruzada (1217-1221)
A Quinta Cruzada tornou-se conhecida como a Cruzada das Crianças.  Para justificar as derrotas anteriores, difundiu-se a lenda de que o Santo Sepulcro só poderia ser conquistado por crianças, pois estas estavam isentas de pecados. Foram reunidas vinte mil crianças alemãs e trinta mil francesas e encaminhadas para Jerusalém. Foram todas exterminadas, aprisionadas ou vendidas como escravos nos mercados do Oriente.

Sexta Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada, organizada por André II, rei da Hungria, e comandada por Frederico II, do Sacro Império, entrou em acordo com o sultão de Damasco, obtendo por dez anos a posse de Jerusalém. Alguns anos mais tarde, os muçulmanos dominaram a região e o acordo foi rompido. 

Sétima e Oitava Cruzadas
Foram organizadas entre 1250 e 1270. Seu comando coube a Luís IX, rei da França. As duas malograram. Luís IX morreu vítima da peste, em Túnis, sendo canonizado pela Igreja.
No plano econômico, as Cruzadas foram diretamente responsáveis pela reabertura do Mediterrâneo à navegação e ao comércio da Europa.  Essa reabertura possibilitou o reatamento das relações entre o Ocidente e o Oriente, interrompidas pela expansão muçulmana. Contribuiu, assim para acelerar o Renascimento Comercial no ocidente da Europa.
O fracasso das Cruzadas contribuiu indiretamente para a decadência do sistema feudal. O reaparecimento do comércio, intensificado pela reabertura do Mediterrâneo, propiciou o renascimento das cidades na Europa.
O Renascimento Comercial e Urbano do ocidente da Europa, a decadência do feudalismo, o declínio do poder da nobreza e o surgimento da burguesia foram, direta ou indiretamente, conseqüências das Cruzadas. 
Fonte: http://cavalaria.espiritual.vilabol.uol.com.br/cruzadas.htm
Imagem: http://profisabelaguiar.blogspot.com.br

Cruzadas 1/2



Fonte: Camelot Home Page®

 
Pedro, o Eremita, e a Cruzada Popular.

 Um contemporâneo de Pedro, o Eremita, assim o descreve:

 "Ia ele descalço, levava sobre a pele uma túnica de lã e (por cima) um longo hábito. O pão era seu único alimento, com um pedaço de peixe às vezes; nunca bebia vinho... Algo de divino sentia-se em seus menores movimentos, em todas as suas palavras; chegava ao ponto de o povo arrancar, para guardá-los como relíquias, os pêlos do mulo que ele montava...”.
"Os condes e os cavaleiros pensavam ainda nos seus preparativos, e já os pobres faziam os seus com tal ardor que nada podia deter... Todos deixavam as suas casas, a sua vinha, o seu patrimônio, vendiam-nos a baixo preço e partiam alegres... Apressavam-se em converter em dinheiro tudo o que não podia servir durante a viagem... Pobres ferravam os bois como cavalos e atrelavam-nos a carretas em que colocavam algumas provisões e seus filhinhos, que arrastavam atrás de si. E essas crianças, assim que percebiam um castelo ou uma cidade, perguntavam logo se era ali essa Jerusalém para a qual caminhavam... As crianças, as velhas, os velhos preparavam-se para a partida; sabiam muito bem que não combateriam, mas esperavam serem mártires. Diziam eles aos guerreiros: Vós sois valentes e fortes, combatereis; nós sofreremos com o Cristo e faremos a conquista do céu." (Issac, J. e Alba, A. História universal - Idade Média).
Pedro, o Eremita, foi um monge que, junto com um nobre sem terras, Gautier, Sans-Avoir ("Sem Vintém"), organizou a Primeira Cruzada.
As invasões germânicas no século V haviam consumado a destruição do Império Romano. A Europa Ocidental mergulhou em uma crise econômica, política e social. A invasão muçulmana, no século VIII, aprofundou essa crise. No século IX, ocorreram as últimas invasões bárbaras. Findas tais invasões, a Europa foi envolvida por um período de relativa tranqüilidade, embora cercada por outros povos em todos os lados. Nestas circunstâncias, houve um grande aumento populacional no continente. A estrutura do sistema feudal não incorporava essa nova população. A produção econômica nos moldes do feudalismo não produzia excedente. A população sem terra ou trabalho sobrevivia através do banditismo, saques ou alguma atividade comercial.


A aliança entre a espada e a cruz
Surgiram como uma contraofensiva para romper o cerco muçulmano. Mas foram, ao mesmo tempo, uma forma de aliviar as pressões demográficas que ameaçavam destruir o feudalismo.
A crise do sistema feudal refletira-se na cultura, acentuando o sentimento religioso. A sociedade medieval era essencialmente religiosa. Sendo incapaz de compreender e encontrar cientificamente os meios de superação da crise, interpretou-a de um ponto de vista religioso. Assim, fiel ao sentimento religioso, a sociedade procurou, nas Cruzadas, uma possível solução para seus problemas. Porém, a religião não explica por si mesma este movimento. Como já citei anteriormente, as Cruzadas teriam sido impossíveis sema crise do sistema feudal, que marginalizou a mão-de-obra militar, indispensável à realização das campanhas militares.
Mas não se pode ignorar o aspecto religioso das Cruzadas. A espiritualidade e o sentimento religioso do homem medieval eram muito fortes. Ele era antes de tudo um fiel servidor de Deus e da Igreja. E se as Cruzadas representavam para ele uma satisfação material, representavam também o cumprimento de uma obrigação religiosa. Combater o infiel muçulmano era uma ação santa e representava a possibilidade de salvação eterna, garantida pelas indulgências oferecidas pela Igreja aos cruzados. 
Organização de uma Cruzada - França
Para a Igreja Romana, as Cruzadas se configuravam como um instrumento de expansão do Cristianismo, do estabelecimento da supremacia do Papado sobre o Império e da expansão de sua influência religiosa, por meio da conquista dos locais santos da Ásia Ocidental.
O Império Bizantino, pressionado por inimigos externos, via nas Cruzadas uma forma de conter o avanço dos turcos sobre seus territórios. Alguns setores da nobreza tinham nas Cruzadas a perspectiva de conquistar terras e fortuna. Estava difícil na Europa obter novos feudos. O primogênito herdava o feudo do pai, mas os irmãos mais novos ficavam sem terras. Esses nobres deserdados viam com muito interesse a possibilidade de conquistar terras em outras regiões.
As cidades comerciais italianas de Veneza, Pisa e Gênova consideravam as Cruzadas um instrumento de reabertura do Mediterrâneo. Também ambicionavam conquistar entrepostos comerciais situados na Ásia Ocidental. Por fim, os setores marginais da população européia, não incorporados ao sistema feudal, buscavam, através das Cruzadas, uma forma de conquista de terras que os reintegrasse ao processo produtivo.
O movimento teve como causa imediata o bloqueio à peregrinação dos cristãos ao Santo Sepulcro (túmulo de Cristo em Jerusalém), dominado pelos turcos.
 

Cruzada: Guerreiros cristãos contra muçulmanos
Paralelamente às Cruzadas, que investiram para o Oriente, foram realizadas expedições chamadas Cruzadas do Ocidente, que tinham como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica e do sul da Itália.
Em 711, os árabes muçulmanos, comandados por Tarik, haviam conquistado a Península Ibérica. Submeteram toda a península, com exceção das Astúrias. Ali formaram-se os pequenos reinos cristãos de Leão, Castela, Aragão e Navarra.
Estes reinos iniciaram, no século XI, a Guerra de Reconquista. Nobres franceses, como Henrique e Raimundo de Borgonha, em busca de terras e de glória, lideraram a luta contra os muçulmanos. Os reinos cristãos expandiram-se, passando a ameaçar o califado de Córdoba. Nas terras reconquistadas aos muçulmanos, doadas ao clero ou incorporados pela nobreza, implantou-se uma estrutura feudal de produção. Da Guerra de Reconquista resultou a formação das monarquias nacionais de Portugal e Espanha.
Na Itália, os muçulmanos haviam conquistado a Sicília, a Córsega e a Sardenha. O Mediterrâneo fora bloqueado à navegação e ao comércio dos europeus. A Guerra de Reconquista teve início no século X. O contato entre cristãos e muçulmanos, de início bélico, assumiu lentamente um caráter mercantil.  Entre comerciantes, fossem eles cristãos ou muçulmanos, sempre se encontrava uma forma de acordo. Em vez de desperdiçar o capital na guerra, procuravam reproduzi-lo pelo comércio. A Guerra de Reconquista na Itália levou à reabertura do Mediterrâneo para os europeus. As trocas foram ampliadas e diversificadas, facilitando o reatamento das relações entre Ocidente e Oriente. 

Muçulmanos numa Cruzada, século XII.
Não eram raras as peregrinações de cristãos ao Santo Sepulcro. Os califas árabes não se opunham às visitas, que acabavam sendo lucrativas para os muçulmanos. No entanto, na segunda metade do século XI, os turcos dominaram grande parte da Ásia Ocidental.  Este povo tinha como região natal o Turquestão, que a bem pouco tempo fazia parte das repúblicas que compunham a antiga União Soviética. Possuíam algum parentesco com os hunos, povo que invadiu a Europa no século V. Rapidamente, os turcos assimilaram a fé muçulmana. Uma de suas tribos, os seldjúcidas, ocupou a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina, parte do planalto da Ásia Menor, chegando inclusive à Península dos Balcãs.  Na Terra Santa, os turcos seldjúcidas expulsaram os cristãos e proibiram suas peregrinações ao local.
Sob o pretexto de libertar a Terra Santa e impedir o avanço muçulmano na Europa Oriental, o papa Urbano II incentivou a Primeira Cruzada.
Fonte: http://cavalaria.espiritual.vilabol.uol.com.br/cruzadas.htm
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzada

Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha



            A carta de Pero Vaz de Caminha foi escrita com o objetivo de relatar ao rei de Portugal, dom Manuel I, os principais acontecimentos da expedição comandada por Pedro Álvares Cabral às Índias.
            A seguir, serão apresentados alguns trechos que se referem aos primeiros contatos dos portugueses com as populações indígenas e com as terras que deram origem ao nosso país.
            Leia com atenção os fragmentos selecionados e, em seguida, responda às questões propostas.


Trecho 1
            A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, fino na ponta como um furador. (…)
            Os cabelos deles são lisos. E os usavam cortados e raspados até acima das orelhas. E um deles trazia como uma cabeleira feita de penas amarelas que lhe cobria toda a cabeça até a nuca (…).
            Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, eles se tornaria, logo cristãos, visto que não aparentam ter nem conhecer crença alguma. Portanto, se os degredados que vão ficar aqui aprenderem bem a sua fala e só entenderem, não duvido que eles, de acordo com a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer na nossa santa fé. Isso há de agradar a Nosso Senhor, porque certamente essa gente é boa e de bela simplicidade. E poderá ser facilmente impressa neles qualquer marca que lhes quiserem dar, já que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens. E creio que não foi sem razão o fato de Ele nos ter trazido até aqui.


Trecho 2
            Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta mais ao Sul até a outra ponta ao Norte, do que nós pudemos observar deste porto, é tão grande que deve ter bem ou vinte e cinco léguas de costa. Ao longo do mar, têm, em algumas partes, grandes barreiras, uma vermelhas e outras brancas; e a terra é toda chã e muito formosa. O sertão nos pareceu, visto do mar, muito grande; porque a estender os olhos não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.
            Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem os vimos. Contudo, a terra em si é de bom clima, fresco e temperado, como os de Entre-D’Ouro-E-Minho, nesta época do ano. As águas são muitas; infinitas. De tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem!


Glossário

Chã: plana
Degredado: exilado
Entre-D’Ouro-E-Minho: regiões litorâneas de Portugal
Légua: representava para os portugueses, 5512 m.
Sertão: refere-se ao interior das terras encontradas.

Questões propostas
1. O texto apresenta algumas características dos primeiros indígenas avistados pelos portugueses. De que forma Caminha os descreve Utilize as informações do texto para construir sua resposta.
2. Como foi tratada a questão da religiosidade das populações indígenas pelo autor da carta? Justifique sua resposta.
3. Partindo da narração acima, é possível afirmar que Caminha teve uma boa impressão das terras encontradas? Por quê?
4. Quais interesses econômicos dos portugueses sobre essas terras ficaram evidentes no texto? Justifique sua resposta, utilizando os trechos que leu.

domingo, 29 de abril de 2012

O que foi a Ku Klux Klan?

A Ku Klux Klan (KKK) foi uma organização racista secreta que nasceu no final do século 19 nos Estados Unidos. Ela foi fundada em 1866, no Tennessee, como um clube social que reunia veteranos confederados, ou seja, soldados que haviam lutado pelos estados do Sul, o lado derrotado, na Guerra Civil Americana (1861-1865). As duas palavras iniciais do nome da organização, "Ku Klux", aparentemente vêm da palavra grega kyklos, que significa "círculo". Já o termo "Klan" teria sido acrescentado para dar melhor sonoridade à expressão, além de fazer uma referência aos velhos clãs, grupos familiares tradicionais. Muito mais do que um clube, a KKK se transformou numa entidade de resistência à política liberal imposta pelos estados do Norte após a Guerra Civil, que assegurava, entre outras coisas, que a abolição da escravatura fosse mesmo cumprida. Na defesa da manutenção da supremacia branca no país, o grupo promovia atos de violência e intimidação contra os negros libertados. 
Seus militantes adotaram capuzes brancos e roupões fantasmagóricos para esconder a identidade e assustar as vítimas. A partir de 1870, o governo americano decidiu enfrentar a organização e, em 1882, a Suprema Corte do país declarou inconstitucional a existência da KKK. "Ela parecia ter desaparecido durante os últimos anos da década de 1880, mas foi revivida em meados do século 20", diz a historiadora e jornalista americana Patsy Sims, da Universidade de Pittsburgh. A nova KKK foi criada em 1915, no estado da Geórgia, e não era mais movida apenas pelo ódio contra os negros. Sua doutrina misturava agora nacionalismo e xenofobia a um sentimento romântico de nostalgia pelo "velho Sul". "Durante essa reencarnação, a KKK tinha como alvos de sua violência os imigrantes, além de católicos, judeus e negros", afirma Patsy. Uma cruz em chamas se tornou o símbolo da nova organização, que chegou a ter 4 milhões de membros.
Após a Grande Depressão dos anos 30, porém, ela perdeu força novamente, apesar de ter voltado à ativa na década de 60, durante os movimentos pelos direitos civis, que defendiam a igualdade racial nos Estados Unidos. No fim dos anos 70, grupos anti-Klan deram o golpe final na organização ao atingir o bolso dos líderes racistas, exigindo nos tribunais grandes indenizações para vítimas de seus atos violentos. "Embora a Ku Klux Klan ainda exista, sua força hoje é pequena. A maioria dos militantes radicais aderiu a grupos ainda mais violentos de defesa da supremacia branca, como a Nação Ariana e outras organizações ligadas ao neonazismo", afirma Patsy.



A GUERRA DA SECESSÃO




INTRODUÇÃO: A INDEPENDÊNCIA
A criação de uma República Presidencialista e Federalista, pela constituição norte-americana de 1787, concedia autonomia para cada Estado decidir por seu destino em vários aspectos, inclusive no tocante à mão-de-obra. Nesse sentido, nem a independência dos Estados Unidos e nem a Constituição, irão alterar a condição de vida da população negra nos Estados sulistas, que permanece majoritariamente escrava.






Essa estagnação do sul (atual sudeste), representada por uma economia agroexportadora com base no latifúndio escravista, contrastava-se cada vez mais com o desenvolvimento do norte (atual nordeste), industrial e abolicionista, tornando-se num futuro próximo, um entrave para o desenvolvimento capitalista dos Estados Unidos.



ANTECEDENTES DA GUERRA 
O intenso crescimento territorial dos Estados Unidos na primeira metade do século XIX, acompanhado de um rápido aumento da população, com muitos imigrantes europeus atraídos pela facilidade de adquirir terras, tornava ainda mais flagrante, o contraste entre o desenvolvimento do norte e o atraso do sul.








No norte, o capital acumulado durante o período colonial, criou condições favoráveis para o desenvolvimento industrial cuja mão-de-obra e mercado, estavam no trabalho assalariado. A abundância de energia hidráulica, as riquezas minerais e a facilidade dos transportes contribuíram muito para o progresso da região, que defendia uma política econômica protecionista. Já o sul, de clima seco e quente permaneceu atrasado com uma economia agroexportadora de algodão e de tabaco, baseada no latifúndio escravista. Industrialmente dependente, o sul era franco defensor do livre-cambismo, caracterizando mais um contraponto com a realidade do norte. 
O Acordo de Mississipi em 1820 proibia a escravidão acima do paralelo 36o40'. Em consequência, o presidente Monroe, que assinara o tratado, foi homenageado com a denominação de "Monróvia", para capital do Estado da Libéria, fundado na África em 1847, para receber os escravos libertados que quisessem voltar à sua terra. Em 1850 foi firmado o Compromisso Clay, que concedia liberdade para cada Estado da federação decidir quanto ao tipo de mão-de-obra.
Em 1852, Harriet Beecher Stowe publicou a romance abolicionista A Cabana do pai Tomás, que vendeu 300 mil cópias só no ano de sua edição, sensibilizando toda uma geração na luta pelo abolicionismo. Dois anos depois surgia o Partido Republicano, que abraçou a causa do abolicionismo.
Em 1859, um levante de escravos foi reprimido na Virgínia e seu líder John Brow foi enforcado, transformando-se em mártir do movimento abolicionista. No ano seguinte, o ex-lenhador que chegou a advogado, Abraham Lincoln, elegeu-se pelo novo Partido Republicano. O Partido Democrata, apesar de mais poderoso, encontrava-se dividido entre norte e sul, o que facilitou a vitória de Lincoln, um abolicionista bem moderado que estava mais preocupado com a manutenção da unidade do país. Em campanha Lincoln teria afirmado que "Se para defender a União eu precisar abolir a escravidão, ela será abolida, mas se para defender a União eu precisar manter a escravidão, ela será mantida". Apesar da questão do escravismo ser apenas secundária para Lincoln, o mesmo era visto pelos latifundiários escravistas do sul como um verdadeiro revolucionário.


Sentindo-se ameaçados pelo abolicionismo, em 20 de dezembro de 1860 iniciava-se na Carolina do Sul um movimento separatista, que seguido por outros seis Estados, reuniu-se no Congresso de Montgomery no Alabama, decidindo pela criação dos "Estados Confederados da América". A secessão estava formalizada com um novo país nascendo no sul. Os estados do norte e do Oeste reagirão dizendo que o sul não tinha o direito de separar-se e formar outro país. Iniciava-se assim em 1861 a maior guerra civil do século XIX, a Guerra de Secessão, também conhecida como "Guerra Civil dos Estados Unidos" ou ainda como "Segunda Revolução Norte-Americana", que se estendeu até 1865 deixando um saldo de 600 mil mortos.




A GUERRA
Enquanto o sul possuía apenas 1/3 dos 31 milhões de habitantes do país, dos quais mais de três milhões eram escravos, e contava apenas com uma fábrica de armamentos pesados, o norte já contava com pelo menos três fábricas de armas bem mais modernas, um sólido parque industrial, uma vasta rede ferroviária e uma poderosa esquadra. Mesmo com esse contraste totalmente desfavorável, foi o sul que lançou a ofensiva, criando uma nova capital - Richmond - e elegendo para o governo Jefferson Davis, que a 12 de abril de 1861 atacou o forte de Sunter.
Se inicialmente o conflito mostrava algumas vitórias do Sul, que instituiu o serviço militar obrigatório e convocou toda população para a guerra, com o prolongamento do conflito, o norte ia consolidando sua vitória.

Para fortalecer o norte, Lincoln extinguiu a escravidão nos Estados rebeldes em 1862 e prosseguiu incentivando o expansionismo, através da promulgação do Homestead Act, que fornecia gratuitamente 160 acres a todos aqueles que cultivassem a terra durante cinco anos. No mar o norte também demonstrava toda sua supremacia com os couraçados, modernas embarcações que surgiram nessa guerra e foram responsáveis pelo decisivo bloqueio naval imposto sobre o sul. 
A abolição efetiva da escravidão só ocorreu em 31 de janeiro de 1865. Após três meses, o general sulista Robert Lee oficializava o pedido de rendição ao general nortista Ulisses Grant. Alguns dias depois o presidente Abrahan Lincoln era assassinado pelo fanático ator sulista John Wilkes Booth.


A Guerra de Secessão é considerada a primeira guerra moderna da história, fazendo surgir os fuzis de repetição e as trincheiras, que irão marcar de forma mais acentuada, a Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918. As novas técnicas tornam obsoletos o sabre e o mosquete, fazendo da à luta corpo a corpo uma forma de combate cada vez mais inútil.

DESDOBRAMENTOS
Com um saldo de 600 mil mortos e o sul devastado, a guerra radicalizou a segregação racial surgindo associações racistas como Ku-Klux-Klan, fundada por brancos racistas em Nashville no ano de 1867, com o objetivo de impedir a integração dos negros como homens livres com direitos adquiridos e garantidos por lei após a abolição da escravidão. O traço característico de seus membros era o uso de capuzes cônicos e longos mantos brancos, destinados a impedir o reconhecimento de quem os usava. A intimação contra os negros atingia também em menor escala brancos que com eles se simpatizavam, além de judeus, católicos, hispânicos e quaisquer indivíduos contrários à segregação racial. A prática de terror dava-se desde desfiles seguidos por paradas com manifestações racistas, até linchamentos, espancamentos e assassinatos, passando ainda por incêndios de imóveis e destruição de colheita.
Com o término da guerra, a recuperação econômica dos Estados Unidos foi fulminante, sendo facilitada pela abundância de recursos naturais e por uma extensa rede de transporte fluvial e ferroviário, já estava presente nos Estados Unidos desde o final do século XIX, quando surgiram gigantescos conglomerados, representando o processo de concentração industrial mais conhecido como truste, que criou verdadeiros oligopólios atuando nos mais variados setores da indústria de bens duráveis de consumo, como aço, petróleo e borracha, destacando-se a Ford, a General Motors e a Chrysler, como também a Firestone e a Goodyear.
O expansionismo da economia norte-americana pelo mundo tornava-se cada vez mais inevitável sob a ótica da nova etapa que caracterizava o capitalismo no final de século XIX: o imperialismo, que nos Estados Unidos foi evidenciado pela política do Big Stick - "Fale macio, carregue um grande porrete e irá longe" - adotada pelo presidente Theodore Roosevelt em 1901. Na América Central o intervencionismo norte-americano evidenciava-se com construção do canal do Panamá, visando a ligação do Atlântico com o Pacífico, e com uma emenda na constituição de Cuba (emenda Platt), que assegurou aos Estados Unidos o direito de intervir na recém-independente nação caribenha. Destacam-se posteriormente outras intervenções, como na República Dominicana (1905), na Nicarágua (1909), no México (1914), no Haiti (1915), além da compra das Ilhas Virgens Ocidentais à Dinamarca em 1916.

Considerada a maior guerra civil do século XIX, a Guerra de Secessão foi vital para o desenvolvimento capitalista dos Estados Unidos, pois somente com o seu término criou-se no país um mercado unificado, baseado no modelo industrial nortista, representando assim, o primeiro grande passo para o avanço capitalista, que levará os Estados Unidos à condição de principal potência hegemônica do mundo no século XX.
Fontes

Números Romanos


1 = I
2 = II
3 = III
4 = IV
5 = V
6 = VI
7 = VII
8 = VIII
9 = IX
10 = X
11 = XI
12 = XII
13 = XIII
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23 = XXIII
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28 = XXVIII
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