quarta-feira, 8 de maio de 2013

Muro de Berlim

 
Marco da Guerra Fria caiu em 9 de novembro de 1989
Carlos Ferreira
Da Redação
Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a República Federal da Alemanha -conduzida sob o regime capitalista. Depois da derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989.

Porém, para entender a divisão do território, é preciso voltar no tempo, mais precisamente até o final da Segunda Guerra Mundial (1945), quando o país foi dividido pela Conferência de Potsdam em quatro zonas comandadas por soviéticos, franceses, britânicos e norte-americanos, vencedores da guerra. Apagar as marcas do nazismo e empreender um processo de reconstrução era o objetivo maior desses países aliados.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u30.jhtm
Contudo, a chegada dos recursos do Plano Marshall em 1947 - concebido pelo general George Marshall, então secretário de Estado dos EUA, para ajudar na reconstrução da Europa devastada pela guerra- fez com que a União Soviética se recusasse a participar do programa de recuperação, temendo que os dólares pudessem colocar em risco a hegemonia de Moscou no leste.

O então líder da União Soviética, Josef Stálin, reagiu à reforma monetária e à implantação da nova moeda na Alemanha, o marco alemão, ordenando o bloqueio do setor ocidental de Berlim, que estava controlado pelos defensores do capitalismo.

Convencido de que a interdição do acesso a Berlim ocidental forçaria a rendição das forças de ocupação, Stálin foi surpreendido por uma resistência, que conseguiu abastecer durante 11 meses a área bloqueada.

Com a suspensão do cerco de Stálin em maio de 1949 de forma diplomática, surgiram a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, consolidando a divisão do país.


O Muro de Berlim
Berlim ocidental se transformou num enclave capitalista em território inimigo. Vitrine privilegiada da economia ocidental, atraiu centenas de cidadãos orientais que arriscavam a vida para alcançar o outro lado.

Decididos a conter o fluxo de refugiados, os comunistas começaram a erguer o Muro de Berlim em 13 de agosto de 1961. O muro era formado por duas barreiras de concreto de 2,40m, cercas de arame farpado com armadilhas e torres de guarda. O muro separou amigos, famílias e uma nação. Na tentativa de buscar melhores condições do outro lado da barreira, dezenas de pessoas foram mortas por soldados que tinham ordem de atirar.

A queda do muro não dependeu de nenhuma ordem oficial, apenas o desejo latente e cada vez maior de liberdade, união e reencontro, além do enfraquecimento dos regimes socialistas. Um mal-entendido em relação a um
comunicado oficial do governo da Alemanha Oriental, somado às pressões políticas e sociais externas e internas, provocou a derrubada do Muro de Berlim.

Reunificada oficialmente em outubro de 90, a Alemanha rica e próspera luta ainda hoje para superar a desigualdade existente entre ossies (orientais) e wessies (ocidentais).
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/muro-de-berlim-marco-da-guerra-fria-caiu-em-9-de-novembro-de-1989.htm
Imagem: http://www.infoescola.com/historia/muro-de-berlim/

Independência dos Estados Unidos da América

(1)
A Colonização dos Estados Unidos da América

Fundação de Jamestown (Virgínia)
Este foi o início da colonização inglesa, organizada pela Companhia de Londres, Jamestown foi o núcleo da primeira colônia inglesa, denominada Virgínia; nesta região foi introduzida o cultivo de tabaco e algodão em grandes propriedades rurais, por meio da exploração do trabalho de escravos africanos e com a produção voltada para a exportação.

1620 – Chegada do Mayflower
O Mayflower foi o navio que trouxe puritanos ingleses que fundaram a colônia de Massachusetts, núcleo inicial do que seria a Nova Inglaterra, grupo de colônias cuja ocupação foi baseada em atividades de agropecuária e manufatura variadas, na pequena propriedade familiar e no trabalho livre com a produção voltada para o mercado interno.

Independência dos Estados Unidos da América

Colônias de povoamento – centro e norte
As regiões do centro e norte dos EUA apresentaram colonização de povoamento, baseada na pequena propriedade, na mão-de-obra familiar, na manufatura, na pecuária e na pequena lavoura policultura. Os artigos produzidos eram semelhantes aos europeus não despertando interesse da metrópole inglesa. O controle sobre essas regiões era ameno.

Colônias de Exploração - Sul
As colônias do sul seguiram o esquema de exploração, semelhante aos encontrados na América espanhola e portuguesa, com a exploração de algodão. O controle sobre essa região era rigoroso.
As colônias do sul basearam-se no Plantation: latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava e produção voltada para o comércio externo. Essas colônias dependiam exclusivamente do comércio com a metrópole.

Autonomia das colônias do Centro e Norte
Até meados do século XVIII, as colônias estadunidenses do centro e norte, desenvolveram governo autônomo, pequenas indústrias e um mercado interno, pois não sofriam a interferência do parlamento inglês.

Revolução Industrial
A Revolução Industrial do século XVIII modifica a situação das colônias inglesas, pois a Inglaterra procurou controlar com mais rigor suas colônias por necessitarem de matéria prima e mercador consumidor para seus produtos industrializados.

Guerra dos Setes Anos
A Guerra dos Sete anos (1756-1763) entre a França e a Inglaterra abalou significativamente a economia inglesa.

Impostos
Na tentativa de resolver a crise financeira, o Parlamento inglês aprovou diversos impostos e leis que deveriam ser pagos e obedecidas pelas colônias estadunidenses:
Os principais eram:
Lei do Açúcar (1764): Aumentou os tributos sobre a importação de açúcar.
Lei do selo (1765): Determinou a utilização do selo real em jornais, livros, documentos. Como os selos eram ingleses, os recursos foram transferidos para os ingleses.
Lei do Chá (1773): Concedeu o monopólio da venda de chá à Companhia das Índias Orientais.
Essa lei provocou a revolta dos colonos que disfarçados de índios jogaram ao mar toda a produção de chá. Isso ficou conhecido como a Boston Tea Party (Festa do Chá em Boston).

Represália à Festa do Chá
Leis Intoleráveis (1774): O nome foi dado pelos colonos estadunidenses das treze colônias a uma série de leis promulgadas pelo Parlamento da Inglaterra. Foram criadas em represálias à festa do Chá.

            Elas determinavam o julgamento, na Inglaterra, dos líderes da Festa do Chá, fechamento do porto de Boston, indenização do chá destruído e manifestações públicas contra a Inglaterra.

Ideia de Independência
Nesse clima de instabilidade começa a surgir nas treze colônias a ideia de independência política inspirada no pensamento iluminista.

Reação às Leis Intoleráveis
Como reação as leis intoleráveis, as colônias americanas realizaram, em 1774, o “Primeiro Congresso Continental da Filadélfia” que visava restabelecer a liberdade das colônias sob a pena de rompimento definitivo com a metrópole inglesa. Em 1775 houve conflitos entre tropas americanas e inglesas.

Segundo Congresso da Filadélfia
No “Segundo Congresso da Filadélfia” em 1775, os colonos americanos resolveram formar um exército nacional cujo comando coube a George Washington. Nesse congresso decidiu-se também que Thomas Jefferson ficaria responsável pela redação da Declaração de Independência.

Declaração da Independência - 4 de julho de 1776
A Declaração de Independência foi aprovada em 4 de julho de 1776. “A Declaração de Independência começava afirmando o direito das colônias de se tornarem ‘Estados livres e independentes’ para depois declarar que estava rompida toda a união política com a Inglaterra”. (BOULOS Jr., A. História Geral. Moderna e Contemporânea. v.2,FTD,1995)

A Guerra pela Independência
A Declaração pela independência encorajou os colonos estadunidenses que vinham lutando contra os ingleses desde 19 de abril de 1775, quando oficialmente deu-se o início da guerra pela independência.
A guerra estendeu-se por seis longos anos, mas os estadunidenses saíram vencedores em 1781. Essa vitória só foi possível graças ao apoio da Espanha e França, interessadas em enfraquecer a antiga rival, a Inglaterra.

1783 – Tratado de Paris 
Em 03 de setembro 1783, foi assinado o Tratado de Paris em que a Inglaterra reconhecia a Independência das colônias estadunidenses.
Reconhecer a independência significa admitir, aceitar perante outras nações a autonomia da nação independente.

A organização da 1ª República da América
Terminada a guerra, os Estados Unidos da América mantiveram um regime político em que cada estado possuía total autonomia para tomar decisões na área política e administrativa. Esse regime ameaçava a unidade e segurança do país e representava uma ameaça para o estabelecimento de um governo nacional.
Diante desses problemas, os estadunidenses reuniram-se em 1787, na "Convenção Constitucional da Filadélfia” para elaborar uma constituição. Ela foi elaborada pelas camadas privilegiadas com o intuito de proteger seus interesses.

Durante o congresso surgiram duas facções:
1) Republicanos: Cujo líder Tomás Jefferson, defendia um poder central simbólico e completa autonomia dos Estados.
2) Federalistas cujo líder George Washington era favorável a um forte governo central.
A constituição de 1787 fundiu as duas tendências, definindo como sistema de governo, uma República Federativa Presidencialista. Inspirada nas ideias iluministas colocou em prática a concepção de contrato social e o equilíbrio entre os três poderes.

Repercussão da Independência dos EUA
A Independência dos Estados Unidos da América serviu de exemplo para outros povos da América, estimulando a lutarem pela própria liberdade. Além disso, estendeu sua influência a um outro movimento revolucionário decisivo na história do Ocidente: a Revolução Francesa em 1789.

Cidadania para poucos – Os Ideais que não se cumpriram
O direito à liberdade e à busca da felicidade que constava na Declaração da Independência dos Estados Unidos da América não foi de valia para todos.
A Escravidão foi mantida e os negros continuavam sujeitos a todo tipo de tortura, exploração e humilhação. A abolição da escravatura só foi concretizada após a Guerra da Secessão (1861-1865).
Os índios, que viviam naquela região, também não tiveram o mesmo direito à felicidade e liberdade garantidos aos proprietários de terra, pois mesmo após a independência receberam dos brancos o massacre de suas tribos, a destruição de sua cultura e a expulsão de suas terras.
As mulheres estadunidenses não desfrutaram os mesmos direitos civis reservados aos homens, pois permaneceram subordinadas ao poder absoluto do homem.
Podemos afirmar que a Constituição Americana de 1787 deu a cidadania plena à poderosa burguesia industrial e comercial do Centro-Norte e pelos donos de fazenda e de escravos do sul.
Por isso podemos dizer que a independência dos Estados Unidos foi, essencialmente, uma revolução política, pois rompeu com a dominação colonial e criou uma república federativa liberal. Mas pouco revolucionou no plano socioeconômico. (Adaptado – COTRIM, G. História e Consciência do Mundo. V.2, 14ª ed., São Paulo, 1999).

2) Festa do Chá (Boston Tea Party)
                               2) http://www.brasilescola.com/historiag/independencia-estados-unidos.htm

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