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A Colonização dos Estados
Unidos da América
Fundação de Jamestown
(Virgínia)
Este
foi o início da colonização inglesa, organizada pela Companhia de Londres,
Jamestown foi o núcleo da primeira colônia inglesa, denominada Virgínia; nesta
região foi introduzida o cultivo de tabaco e algodão em grandes propriedades
rurais, por meio da exploração do trabalho de escravos africanos e com a produção
voltada para a exportação.1620 – Chegada do Mayflower
O Mayflower foi o navio que trouxe puritanos ingleses que fundaram a colônia de Massachusetts, núcleo inicial do que seria a Nova Inglaterra, grupo de colônias cuja ocupação foi baseada em atividades de agropecuária e manufatura variadas, na pequena propriedade familiar e no trabalho livre com a produção voltada para o mercado interno.
Independência dos Estados
Unidos da América
Colônias de povoamento –
centro e norte
As
regiões do centro e norte dos EUA apresentaram colonização de povoamento,
baseada na pequena propriedade, na mão-de-obra familiar, na manufatura, na pecuária
e na pequena lavoura policultura. Os artigos produzidos eram semelhantes aos
europeus não despertando interesse da metrópole inglesa. O controle sobre essas
regiões era ameno.
Colônias de Exploração -
Sul
As
colônias do sul seguiram o esquema de exploração, semelhante aos encontrados na
América espanhola e portuguesa, com a exploração de algodão. O controle sobre
essa região era rigoroso.As colônias do sul basearam-se no Plantation: latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava e produção voltada para o comércio externo. Essas colônias dependiam exclusivamente do comércio com a metrópole.
Autonomia das colônias do
Centro e Norte
Até
meados do século XVIII, as colônias estadunidenses do centro e norte, desenvolveram
governo autônomo, pequenas indústrias e um mercado interno, pois não sofriam a
interferência do parlamento inglês.Revolução Industrial
A Revolução Industrial do século XVIII modifica a situação das colônias inglesas, pois a Inglaterra procurou controlar com mais rigor suas colônias por necessitarem de matéria prima e mercador consumidor para seus produtos industrializados.
Guerra dos Setes Anos
A
Guerra dos Sete anos (1756-1763) entre a França e a Inglaterra abalou
significativamente a economia inglesa.
Impostos
Na tentativa de resolver a crise
financeira, o Parlamento inglês aprovou diversos impostos e leis que deveriam
ser pagos e obedecidas pelas colônias estadunidenses:
Os principais eram:
Lei do Açúcar (1764): Aumentou os tributos sobre a importação
de açúcar.
Lei do selo (1765): Determinou a utilização do selo real em
jornais, livros, documentos. Como os selos eram ingleses, os recursos foram
transferidos para os ingleses.
Lei do Chá (1773): Concedeu o monopólio da venda de chá à
Companhia das Índias Orientais.
Essa lei provocou a revolta dos colonos
que disfarçados de índios jogaram ao mar toda a produção de chá. Isso ficou
conhecido como a Boston Tea Party (Festa do Chá em Boston).
Represália
à Festa do Chá
Leis
Intoleráveis (1774): O
nome foi dado pelos colonos estadunidenses das treze colônias a uma série de
leis promulgadas pelo Parlamento da Inglaterra. Foram criadas em represálias à
festa do Chá.
Elas determinavam o julgamento, na
Inglaterra, dos líderes da Festa do Chá, fechamento do porto de Boston, indenização
do chá destruído e manifestações públicas contra a Inglaterra.
Ideia de Independência
Nesse clima de instabilidade começa a surgir nas treze colônias a ideia de independência política inspirada no pensamento iluminista.
Reação às Leis Intoleráveis
Como reação as leis intoleráveis, as colônias americanas realizaram, em 1774, o “Primeiro Congresso Continental da Filadélfia” que visava restabelecer a liberdade das colônias sob a pena de rompimento definitivo com a metrópole inglesa. Em 1775 houve conflitos entre tropas americanas e inglesas.
Segundo Congresso da
Filadélfia
No
“Segundo Congresso da Filadélfia” em 1775, os colonos americanos resolveram
formar um exército nacional cujo comando coube a George Washington. Nesse
congresso decidiu-se também que Thomas Jefferson ficaria responsável pela
redação da Declaração de Independência.Declaração da Independência - 4 de julho de 1776
A Declaração de Independência foi aprovada em 4 de julho de 1776. “A Declaração de Independência começava afirmando o direito das colônias de se tornarem ‘Estados livres e independentes’ para depois declarar que estava rompida toda a união política com a Inglaterra”. (BOULOS Jr., A. História Geral. Moderna e Contemporânea. v.2,FTD,1995)
A Guerra pela Independência
A Declaração pela independência encorajou os colonos estadunidenses que vinham lutando contra os ingleses desde 19 de abril de 1775, quando oficialmente deu-se o início da guerra pela independência.
A guerra estendeu-se por seis longos anos, mas os estadunidenses saíram vencedores em 1781. Essa vitória só foi possível graças ao apoio da Espanha e França, interessadas em enfraquecer a antiga rival, a Inglaterra.
1783 – Tratado de Paris
Em 03 de setembro 1783, foi assinado o Tratado de Paris em que a Inglaterra reconhecia a Independência das colônias
Reconhecer a independência significa admitir, aceitar perante outras nações a autonomia da nação independente.
A organização da 1ª República da América
Terminada a guerra, os Estados Unidos da América mantiveram um regime político em que cada estado possuía total autonomia para tomar decisões na área política e administrativa. Esse regime ameaçava a unidade e segurança do país e representava uma ameaça para o estabelecimento de um governo nacional.
Diante desses problemas, os estadunidenses reuniram-se em 1787, na "Convenção Constitucional da Filadélfia” para elaborar uma constituição. Ela foi elaborada pelas camadas privilegiadas com o intuito de proteger seus interesses.
Durante o congresso
surgiram duas facções:
1) Republicanos: Cujo líder Tomás Jefferson, defendia um
poder central simbólico e completa autonomia dos Estados.2) Federalistas cujo líder George Washington era favorável a um forte governo central.
A constituição de 1787 fundiu as duas tendências, definindo como sistema de governo, uma República Federativa Presidencialista. Inspirada nas ideias iluministas colocou em prática a concepção de contrato social e o equilíbrio entre os três poderes.
Repercussão da Independência dos EUA
A Independência dos Estados Unidos da América serviu de exemplo para outros povos da América, estimulando a lutarem pela própria liberdade. Além disso, estendeu sua influência a um outro movimento revolucionário decisivo na história do Ocidente: a Revolução Francesa em 1789.
Cidadania para poucos – Os Ideais que não se cumpriram
O direito à liberdade e à busca da felicidade que constava na Declaração da Independência dos Estados Unidos da América não foi de valia para todos.
A Escravidão foi mantida e os negros continuavam sujeitos a todo tipo de tortura, exploração e humilhação. A abolição da escravatura só foi concretizada após a Guerra da Secessão (1861-1865).
Os índios, que viviam naquela região, também não tiveram o mesmo direito à felicidade e liberdade garantidos aos proprietários de terra, pois mesmo após a independência receberam dos brancos o massacre de suas tribos, a destruição de sua cultura e a expulsão de suas terras.
As mulheres estadunidenses não desfrutaram os mesmos direitos civis reservados aos homens, pois permaneceram subordinadas ao poder absoluto do homem.
Podemos afirmar que a Constituição Americana de 1787 deu a cidadania plena à poderosa burguesia industrial e comercial do Centro-Norte e pelos donos de fazenda e de escravos do sul.
Por isso podemos dizer que a independência dos Estados Unidos foi, essencialmente, uma revolução política, pois rompeu com a dominação colonial e criou uma república federativa liberal. Mas pouco revolucionou no plano socioeconômico. (Adaptado – COTRIM, G. História e Consciência do Mundo. V.2, 14ª ed., São Paulo, 1999).
2) Festa do Chá (Boston Tea Party)
Fonte das Imagens:1) http://www.sempreperfeito.com/independencia-dos-estados-unidos-realidade
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