terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

EXPANSÃO DO IMPERIALISMO

Crescimento da economia capitalista
Na segunda metade do século XIX, a economia capitalista entrou num período de crescimento, tanto na Europa como nos Estados Unidos da América. 
O crescimento econômico refletiu-se na ampliação do comércio mundial e no enorme acúmulo de capitais entre os empresários das grandes potências. Calcula-se que 80% do capital mundial concentrou-se em poucas nações ricas, como Inglaterra, França Alemanha e Estados Unidos.

Segunda Revolução Industrial
A expansão capitalista estava ligada ao grande desenvolvimento técnico e científico registrado nesse período (1860-1900). Esse extraordinário desenvolvimento técnico costuma-se ser denominado Segunda Revolução Industrial.
A falta de matéria-prima, a necessidade de novos mercados consumidores e mão-de-obra levou as nações ricas a investir em regiões pobres como, a África e Oceania que ainda não tinham atingido o seu desenvolvimento industrial e passaram a adotar uma política imperialista sobre outros países do mundo.

O capitalismo financeiro e monopolista
A nova fase da economia capitalista foi marcada pela concentração econômica da produção e do capital em torno de grandes empresas ou associações de empresas.

Como ocorreu essa concentração econômica
A livre concorrência das empresas capitalistas transformou-se numa verdadeira batalha de preços. Nessa batalha, as empresas mais poderosas foram vencendo as mais fracas.
As empresas vencedoras na luta dos negócios foram concentrando capitais e dominando toda a produção de alguns setores. Surgiram, então, os monopólios industriais, que eliminavam a concorrência e podiam fixar preços em busca de maiores lucros.
Esses monopólios industriais eram representados pelo cartel, pelo holding e pelo truste, novas formas de organização das empresas que perduram até hoje.

Setor bancário
O processo de concentração econômica também se desenvolveu no setor bancário. Os grandes bancos acabaram associando-se às grandes indústrias para financiar seus investimentos e participar dos lucros de seus projetos.

Capitalismo financeiro e monopolista
A fusão do capital bancário com o capital industrial marcou essa nova fase do capitalismo, conhecido como capitalismo financeiro e monopolista, caracterizado por:

• grande aumento da produção industrial, que para ser vendida necessitava da ampliação dos mercados consumidores.
• grande acúmulo de capitais, que precisavam ser investidos em novos projetos lucrativos.

Conceitos
Cartel: um grupo de grandes empresas que estabelecem entre si um acordo com o objetivo de controlar os preços ou o mercado de um determinado setor.
Holding: a empresa que possui o controle acionário sobre outras empresas (compra a maioria de suas ações), embora elas mantenham denominação própria e independência
Truste: Fusão de diversas empresas do mesmo ramo.

Medidas protecionistas
Nessa nova fase, o capitalismo começou a enfrentar um problema. A venda da produção industrial e a realização de novos investimentos de capitais estavam limitadas pelas barreiras impostas dentro do mercado interno das grandes potências capitalistas. É que todas as grandes nações tomavam medidas protecionistas dificultando a invasão de seus próprios mercados pelos países concorrentes.

A conquista de novos mercados
A solução que o capitalismo financeiro encontrou para exportar a produção industrial e investir os capitais acumulados foi conquistar novos mercados. O alvo foram as nações pobres, que ainda não tinham atingido o desenvolvimento industrial: regiões da Ásia, da África e da Oceania. assim, para expandir-se, as grandes potências adotaram uma política imperialista, passando a dominar outros países do mundo.

Imperialismo x neocolonialismo
Os termos neocolonialismo e imperialismo têm os mesmos significados e ambos são utilizados para denominar as práticas tomadas pelas grandes potências imperialistas sobre outras nações, no período dos séculos XIX e XX.
Segundo escolaeducação.com, o imperialismo pode ser conceituado pelo conjunto de intervenções políticas, econômicas e culturais por países europeus, Japão e EUA sobre os países da África, Ásia e Oceania. A exploração garantia territórios estratégicos que forneciam recursos naturais, matéria-prima, mão-de-obra e consumidores.

A ideologia imperialista
A principal justificativa ideológica para o neocolonialismo do século XIX era a missão civilizadora das grandes potências que tinham por obrigação difundir o progresso pelo mundo.
Criou-se, assim, o mito da superioridade da civilização industrial do ocidente, tendo por base três elementos:
• As características biológicas do povo (raça branca)
• A fé religiosa (cristianismo)
• O desenvolvimento técnico e científico (Revolução Industrial).

Com base nessas ideias racistas e de superioridade cultural, formularam-se argumentos para justificar a exploração brutal de diferentes povos africanos e asiáticos. Observe o texto a seguir:

  Os ideólogos dos tempos do imperialismo tinham o modelo de civilização europeu como um exemplo para conseguir as melhores condições de vida que o homem poderia ter e, portanto, quem estivesse distante deste teria condições inferiores e não privilegiadas, quando colocadas em contraponto a esse modelo. Dessa forma, a presença dos povos europeus na Ásia e na África deixou de ser vista como uma invasão injusta.
  Foi feita uma apropriação de forma indevida quanto às teorias darwinistas por parte dos ideólogos, que construíram um modelo de compreensão das culturas em que europeus ocupavam o mais alto  posto da hierarquia, e os africanos e asiáticos eram colocados como povos atrasados e selvagens.
 Diante disso, tornou-se missão do homem “branco” fazer com que essa massa “não-civilizada” tivesse a oportunidade de se modernizar e superar os degraus da escala criada por eles. www.estudopratico.com.br/ideologia-imperialista-o-que-era-e-quais-suas-consequencias.
A partilha da África e Ásia
A África e a Ásia foram totalmente repartidas entre as potências europeias, que se envolveram em conflitos pela posse dos melhores territórios.

1885 - Conferência de Berlim – A Partilha da África
Em 1885, quando a ocupação imperialista no território africano já se encontrava num estágio avançado, as potências europeias reuniram-se na Conferência de Berlim, convocada pelo primeiro-ministro alemão Bismarck, a fim de oficializar a partilha da África. Essa conferência determinou que, para tornar-se dono de um território, o país europeu precisava ocupa-lo efetivamente e, em seguida, comunicar o ocorrido às demais potências, decisão que acelerou a dominação imperialista no continente.
Os países que lideraram a partilha da África formam justamente aqueles que primeiro se industrializam: Inglaterra, Bélgica e França. Posteriormente, depois de se unificarem, a Alemanha e a Itália entraram nessa corrida. (BOULOS, Jr. Alfredo, História Geral EJA 4ª Etapa. P.146)

O que é Paz Armada
Paz Armada foi a expressão usada para descrever um período da história política da Europa, que antecedeu à Primeira Guerra Mundial, onde havia uma intensa corrida armamentista, quando o bloco da Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália e a Tríplice Entente, formada pela Rússia, França e Inglaterra ampliavam sua capacidade bélica.
A indústria bélica aumentou os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a guerra e quase todas as nações europeias adotaram o serviço militar obrigatório. A Paz Armada (1871-1914) foi muito importante para a Primeira Guerra Mundial, uma vez que as tensões entre os Estados os levaram a gastar grande parte de seu capital para investimentos na indústria do armamento e da promoção do exército, resultando em um complexo sistema de alianças em que as nações estavam em conflito, sem estar em guerra, por isso o nome do conflito de Paz Armada.
Com todo esse clima de tensões e agressividade, uma possível guerra entre as grandes potências poderia explodir a qualquer momento, e quanto mais tensão havia, mais as nações incentivavam a produção de armas e fortaleciam seus exércitos.
Transcrito de maneira literal do site:  http://www.significados.com.br/paz-armada
Imagem: http://verdadeiroimperialismo.blogspot.com/2011/08/o-que-e-o-imperialismo.html

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