terça-feira, 15 de outubro de 2013

Getúlio Vargas (1951-1954)



         Ao fim do governo Dutra, Vargas ganha às eleições com 48,7% do total.
         Assumindo o poder, Vargas procurou apagar a imagem de ditador do Estado Novo e construiu em seu lugar a figura de um estadista democrata.
         Retomou duas características que o consagraram: O nacionalismo econômico e a política trabalhista. Dizia que o país precisava conquistar sua "independência econômica".

O Nacionalismo
         Getúlio empenhou-se em realizar um governo nacionalista: “Era preciso atacar a exploração das forças internacionais para que o país conquistasse sua independência econômica”.
         O nacionalismo foi combatido pelos EUA, empresas estrangeiras e por brasileiros que defendiam os interesses estrangeiros.
         Um momento importante de debate entre nacionalistas e daqueles que acastelavam os interesses estrangeiros, aconteceu por ocasião da nacionalização do petróleo.
         O primeiro grupo defendia o slogan “o Petróleo é Nosso”, o segundo desejava entregar aos estrangeiros a exploração do petróleo.
Vargas cria a Petrobrás em 1953, empresa estatal que passou a ter o monopólio sobre o petróleo nacional e propôs a Lei de Lucros Extraordinários, que limitava o lucro enviado para fora que vinham das empresas que estavam instaladas aqui. A lei foi barrada no Congresso, devido às pressões dos grupos internacionais.

O Trabalhismo
         Getúlio Vargas desenvolveu uma política de aproximação com os trabalhadores da cidade. Dizia que seu objetivo era a construção de uma verdadeira democracia social e econômica. Democracia em que o trabalhador tivesse, além dos direitos políticos, o direito de desfrutar o progresso que ele mesmo criara com seu trabalho.
         Em 1954 autorizou um aumento de 100% no salário mínimo, atendendo a proposta do vice-presidente João Goulart, o que não agradou os empresários.

 Crise política e suicídio de Vargas
         Vários fatores já citados, como a política desfavorável ao capital estrangeiro, aumento do salário mínimo e crescente organização dos trabalhadores, concorreram para aumentar a oposição da alta burguesia, dos políticos da UDN e de uma parte da imprensa ao governo Vargas.
         No dia 05 de agosto de 1954, um atentado a Carlos Lacerda aumentou a oposição a Getúlio Vargas.
Carlos Lacerda que estava na companhia do major da Aeronáutica Rubem Florentino Vaz, escapou desse atentado com um tiro no pé. O major Vaz, entretanto, foi mortalmente ferido pelo agressor. Investigações posteriores, presididas pela Aeronáutica, revelaram que o autor do crime possuía ligações com Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas.
A notícia do atentado alcançou grande repercussão na imprensa oposicionista, sendo utilizada para sujar a imagem do governo. Eram tantos os ataques e as provocações que Vargas declarou: “Sinto-me mergulhado num mar de lama”.
         Os militares, em particular os membros da Aeronáutica, exigiram sua renúncia, porém Vargas se recusava a deixar o cargo para o qual tinha sido eleito pelo povo. “Só saio do Palácio do Catete morto”, havia dito certa vez.
         Vendo-se isolado e sem poder reagir às pressões militares, no dia 24 de agosto de 1954, suicidou-se com um tiro no coração.
Assume Café Filho para terminar o mandato, porém é afastado por problemas de saúde. Depois assume Carlos Luz e em seguida Nereu Ramos.
Referências Bibliográficas
1. Gilberto Cotrim, História e Consciência do Brasil. 1995
 

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