Ao
fim do governo Dutra, Vargas ganha às eleições com 48,7% do total.
Assumindo
o poder, Vargas procurou apagar a imagem de ditador do Estado Novo e construiu
em seu lugar a figura de um estadista democrata.
Retomou
duas características que o consagraram: O
nacionalismo econômico e a política trabalhista. Dizia que o país precisava
conquistar sua "independência econômica".
O
Nacionalismo
Getúlio
empenhou-se em realizar um governo nacionalista: “Era preciso atacar a exploração das forças internacionais para que o
país conquistasse sua independência econômica”.
O
nacionalismo foi combatido pelos EUA, empresas estrangeiras e por brasileiros
que defendiam os interesses estrangeiros.
Um
momento importante de debate entre nacionalistas e daqueles que acastelavam os
interesses estrangeiros, aconteceu por ocasião da nacionalização do petróleo.
O
primeiro grupo defendia o slogan “o
Petróleo é Nosso”, o segundo desejava entregar aos estrangeiros a
exploração do petróleo.
Vargas cria a Petrobrás
em 1953, empresa estatal que passou a ter o monopólio sobre o petróleo nacional
e propôs a Lei de Lucros Extraordinários,
que limitava o lucro enviado para fora que vinham das empresas que estavam
instaladas aqui. A lei foi barrada no Congresso, devido às pressões dos grupos
internacionais.
O
Trabalhismo
Getúlio
Vargas desenvolveu uma política de aproximação com os trabalhadores da cidade.
Dizia que seu objetivo era a construção de uma verdadeira democracia social e
econômica. Democracia em que o trabalhador tivesse, além dos direitos
políticos, o direito de desfrutar o progresso que ele mesmo criara com seu
trabalho.
Em
1954 autorizou um aumento de 100% no salário mínimo, atendendo a proposta do
vice-presidente João Goulart, o que não agradou os empresários.
Vários
fatores já citados, como a política desfavorável ao capital estrangeiro,
aumento do salário mínimo e crescente organização dos trabalhadores,
concorreram para aumentar a oposição da alta burguesia, dos políticos da UDN e
de uma parte da imprensa ao governo Vargas.
No
dia 05 de agosto de 1954, um atentado a Carlos Lacerda aumentou a oposição a
Getúlio Vargas.
Carlos Lacerda que
estava na companhia do major da Aeronáutica Rubem Florentino Vaz, escapou desse
atentado com um tiro no pé. O major Vaz, entretanto, foi mortalmente ferido
pelo agressor. Investigações posteriores, presididas pela Aeronáutica,
revelaram que o autor do crime possuía ligações com Gregório Fortunato, chefe
da guarda pessoal de Getúlio Vargas.
A notícia do atentado
alcançou grande repercussão na imprensa oposicionista, sendo utilizada para
sujar a imagem do governo. Eram tantos os ataques e as provocações que Vargas
declarou: “Sinto-me mergulhado num mar
de lama”.
Os
militares, em particular os membros da Aeronáutica, exigiram sua renúncia,
porém Vargas se recusava a deixar o cargo para o qual tinha sido eleito pelo
povo. “Só saio do Palácio do Catete
morto”, havia dito certa vez.
Vendo-se
isolado e sem poder reagir às pressões militares, no dia 24 de agosto de 1954,
suicidou-se com um tiro no coração.
Assume Café Filho para
terminar o mandato, porém é afastado por problemas de saúde. Depois assume
Carlos Luz e em seguida Nereu Ramos.
Referências Bibliográficas
1. Gilberto Cotrim, História e Consciência do Brasil.
1995
2. http://historiaemfocoslsm.blogspot.com.br/2010/08/o-periodo-democratico-1946-1964.html
Imagem: http://novoblog.memoriaviva.com.br/2009/08/24/so-morto-sairei-do-catete/
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