Durante sua regência, D. Pedro foi pressionado por duas forças distintas:
1º Cortes Portuguesas: assembleia consultiva representante dos Ingleses, da burguesia portuguesa auxiliando D. João VI a governar.
Uns
dos planos das cortes era a recolonizarão do Brasil, reconquistando assim seus
antigos privilégios comerciais.
2º Partido Brasileiro: Os
proprietários de terras no Brasil tinham consciência que as decisões das Cortes
Portuguesas, iriam prejudicar seus interesses econômicos. Então se organizaram
em torno do príncipe regente, dando a ele apoio necessário para que desobedecessem
às ordens de Portugal. Assim, os proprietários de terra, fundaram o Partido
Brasileiro. Esse aglutinava homens de diferentes posições sociais, unidos
contra um inimigo comum: As Cortes Portuguesas.
Influenciado pelos líderes do
Partido Brasileiro, D. Pedro desobedeceu várias vezes às ordens das Cortes
portuguesas.
A primeira desobediência ficou conhecida como
Dia do Fico.
Umas
das exigências das cortes Portuguesas era o retorno de D. Pedro para Portugal,
porém no dia 09 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um manifesto com 8 mil
assinaturas solicitando para que ele contrariasse as ordens vindas de Portugal
e permanecesse no Brasil. Ao
receber o documento que solicitava sua permanência em solo brasileiro D. Pedro
dclarou:
"- Como é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”.
O Cumpra-se – 04 de maio de
1822
A segunda desobediência ficou
conhecida como o cumpra-se.
No dia 04 de maio de 1822, D. Pedro
Assinou um decreto determinando que qualquer ordem vinda de Portugal só deveria
ser obedecida no Brasil mediante a chancela do Príncipe Regente: Cumpra-se.
Ultimato de Portugal
Meses depois, às margens do riacho
Ipiranga, em São Paulo, D. Pedro recebeu duas importantes cartas: uma das
cortes portuguesas e outra de José Bonifácio.
A carta das Cortes portuguesas anulava os atos
de D. Pedro no Brasil e lhe dava um ultimato exigindo que D. Pedro regressasse
imediatamente para Portugal. E ainda ameaçava mandar tropas caso o Regente não
obedecesse a essas determinações.
A
carta de José Bonifácio continha um aviso: “só existem dois caminhos: ou voltar
para Portugal como prisioneiro das Cortes Portuguesas ou proclamar a
independência, tornando-se imperador do Brasil.”. D.
Pedro preferiu o último.
Dia da Independência – 7 de
setembro de 1822
A terceira desobediência ficou
conhecida como o Grito do Ipiranga e ocorreu no dia 07 de setembro de 1822.
Contam que, nessa data, depois de ler com atenção as duas cartas, D. Pedro
disse:
“Soldados! Estão desatados os laços que nos
unem a Portugal! A partir desse momento nosso lema será: ‘Independência ou
morte’”.
Dessa maneira às margens do Riacho
do Ipiranga foi oficializada a Independência.
Após a Independência, na cidade do
Rio de Janeiro, em 1º de dezembro de 1822, D. Pedro foi aclamado imperador e
coroado com o título de D. Pedro I.
Limites da Independência
- A independência brasileira foi comandada pelas classes dominantes, por isso não modificou as duras condições de vida da maioria dos brasileiros.
- Apesar da independência, o Brasil não conquistou uma verdadeira libertação nacional, pois saiu dos laços coloniais portugueses para cair na dominação (dependência) econômica da Inglaterra
- O valor das exportações continuava sendo menor que as importações
- As terras brasileiras continuaram nas mãos de grandes proprietários rurais, os maiores beneficiados com o 07 de setembro.
- A escravidão foi mantida.
- A imensa maioria dos brasileiros continuou afastada da vida política, pois apenas os mais ricos tinham o direito de votar.
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