terça-feira, 18 de março de 2014

Mesopotâmia


            A comprida e estreita faixa de terra que hoje corresponde aproximadamente ao território do Iraque foi chamada pelos antigos gregos de Mesopotâmia, que significa “entre rios”.
            Anualmente, quando a neve das montanhas da Armênia derretia, os rios Tigre e Eufrates inundavam o solo das terras próximas às suas margens, recobrindo-o com uma camada de lama fértil.
            Contudo os problemas causados por essas inundações obrigaram as comunidades a se empenharem na construção de barragens, diques e canais de irrigação, que ajudavam a controlar, armazenar e distribuir as águas das enchentes.
            A realização dessas grandes obras hidráulicas exigia desses povos um esforço coletivo e organizado sob a liderança e a coordenação de um governo central forte. Da necessidade de ter quem dirigisse a construção e manutenção dessas grandes obras públicas originou-se o Estado.
            À medida que o Estado foi se consolidando, os grupos que o controlavam foram acumulando poder e riqueza e passaram a impor o seu domínio  ao restante da população. Formaram-se, então, as classes privilegiadas e as não-privilegiadas. Ao que tudo indica, a Mesopotâmia foi o berço dos primeiros Estados e das primeiras sociedades divididas em classes.
            Por ser uma região fértil e de fácil acesso entre a Europa, Ásia e África, a Mesopotâmia atraiu muitos povos diferentes, que ali se estabeleceram, criaram culturas originais, guerrearam entre si, e foram construindo a chamada civilização mesopotâmica. Entre esses povos, merecem destaque: os sumérios, os acádios, os amoritas, (ou antigos babilônicos), os assírios e os caldeus (ou novos babilônicos).

A economia da Mesopotâmia
            A economia da Mesopotâmia baseava-se principalmente na agricultura, mas os povos da região desenvolveram também a criação de gado, o artesanato, a mineração e um ativo comércio à base de trocas que se estendia à Ásia, ao Egito e à Índia.


A organização social da Mesopotâmia
            A sociedade mesopotâmica era dividida em estamentos. Os estamentos eram camadas sociais, nas quais a posição social dos indivíduos dependia do nascimento. Os sacerdotes, os aristocratas, os militares e os comerciantes formavam os estamentos da minoria. A maioria da população era formada pelos artesãos, camponeses e escravos. 
Na Mesopotâmia havia um entrelaçamento entre politica e religião. Os reis exerciam as funções de sumo sacerdote, supremo juiz e comandante militar.

A religião mesopotâmica
            A religião era politeísta e os deuses antropomórficos. Destacavam-se: Shamach deus do Sol, Enlil, o deus dos ventos e da chuva; e Ishtar, a deusa do amor e da fecundidade. Não acreditavam na vida após a morte e não se importavam com os mortos, mas acreditavam em demônios, gênios, espíritos bons, magias e adivinhações. A importância que atribuíam aos astros levou-os a criar o zodíaco e os primeiros horóscopos.

Arte, ciência e literatura mesopotâmica
            A astrologia fez com que desenvolvessem  conhecimentos de astronomia e matemática. Calculavam a duração correta da semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas. O sistema numérico de base 60 permitiu que chegassem aos graus, segundos, minutos e horas. Na literatura, destaca-se a Epopéia de Gilgamesh, além de textos religiosos.
            A Epopéia de Gilgamesh, cujo autor é anônimo, conta que o herói Gilgamesh, encantou inúmeras mulheres e derrotou poderosos adversários, mas não conseguiu vencer a morte, aquele que era justamente o seu maior sonho! 
Referências e imagens: http://projetoleiah.tripod.com/resumo/locais/mesopot1.htm

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