A
comprida e estreita faixa de terra que hoje corresponde aproximadamente ao
território do Iraque foi chamada pelos antigos gregos de Mesopotâmia, que
significa “entre rios”.
Anualmente,
quando a neve das montanhas da Armênia derretia, os rios Tigre e Eufrates
inundavam o solo das terras próximas às suas margens, recobrindo-o com uma
camada de lama fértil.
Contudo
os problemas causados por essas inundações obrigaram as comunidades a se
empenharem na construção de barragens, diques e canais de irrigação, que
ajudavam a controlar, armazenar e distribuir as águas das enchentes.
A
realização dessas grandes obras hidráulicas exigia desses povos um esforço
coletivo e organizado sob a liderança e a coordenação de um governo central
forte. Da necessidade de ter quem dirigisse a construção e manutenção dessas
grandes obras públicas originou-se o Estado.
À
medida que o Estado foi se consolidando, os grupos que o controlavam foram
acumulando poder e riqueza e passaram a impor o seu domínio ao restante da população. Formaram-se, então,
as classes privilegiadas e as não-privilegiadas. Ao que tudo indica, a
Mesopotâmia foi o berço dos primeiros Estados e das primeiras sociedades
divididas em classes.
Por
ser uma região fértil e de fácil acesso entre a Europa, Ásia e África, a
Mesopotâmia atraiu muitos povos diferentes, que ali se estabeleceram, criaram
culturas originais, guerrearam entre si, e foram construindo a chamada
civilização mesopotâmica. Entre esses povos, merecem destaque: os sumérios, os
acádios, os amoritas, (ou antigos babilônicos), os assírios e os caldeus (ou
novos babilônicos).
A economia da Mesopotâmia
A organização social da Mesopotâmia
A economia da Mesopotâmia
A
economia da Mesopotâmia baseava-se principalmente na agricultura, mas os povos
da região desenvolveram também a criação de gado, o artesanato, a mineração e
um ativo comércio à base de trocas que se estendia à Ásia, ao Egito e à Índia.
A organização social da Mesopotâmia
A sociedade mesopotâmica era dividida em estamentos.
Os estamentos eram camadas sociais, nas quais a posição social dos indivíduos
dependia do nascimento. Os sacerdotes, os aristocratas, os militares e os
comerciantes formavam os estamentos da minoria. A maioria da população era
formada pelos artesãos, camponeses e escravos.
Na Mesopotâmia havia um entrelaçamento entre
politica e religião. Os reis exerciam as funções de sumo sacerdote, supremo
juiz e comandante militar.
A
religião era politeísta e os deuses antropomórficos. Destacavam-se: Shamach
deus do Sol, Enlil, o deus dos ventos e da chuva; e Ishtar, a deusa do amor e
da fecundidade. Não acreditavam na vida após a morte e não se importavam com os
mortos, mas acreditavam em demônios, gênios, espíritos bons, magias e
adivinhações. A importância que atribuíam aos astros levou-os a criar o zodíaco
e os primeiros horóscopos.
Arte, ciência e literatura
mesopotâmica
A
astrologia fez com que desenvolvessem
conhecimentos de astronomia e matemática. Calculavam a duração correta
da semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas. O sistema numérico de base 60
permitiu que chegassem aos graus, segundos, minutos e horas. Na literatura,
destaca-se a Epopéia de Gilgamesh, além de textos religiosos.
A
Epopéia de Gilgamesh, cujo autor é anônimo, conta que o herói Gilgamesh,
encantou inúmeras mulheres e derrotou poderosos adversários, mas não conseguiu
vencer a morte, aquele que era justamente o seu maior sonho!
Referências e imagens: http://projetoleiah.tripod.com/resumo/locais/mesopot1.htm
Referências e imagens: http://projetoleiah.tripod.com/resumo/locais/mesopot1.htm
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