Os assírios
Localizada ao norte da
Mesopotâmia, a Assíria era uma região de solos pobres, por onde passavam com
muita frequência os vários povos que desejavam entrar ou sair do vale
mesopotâmico.
Por terem de se defender dos
constantes ataques desses povos e conseguir alimentos para complementar sua
baixa produção agrícola, os assírios desenvolveram a arte e a técnica da
guerra, optando por conquistar riquezas, alimentos, terras e escravos por meio
das armas.
Pouco a pouco, organizaram
poderoso exército e, através de sucessivas campanhas militares, formaram um dos
impérios mais extensos da Antiguidade. Durante os séculos VIII e VII A.C., seus
domínios abrangiam toda a Mesopotâmia, a Síria, a Fenícia, a Palestina e o
Egito.
Sobrevivendo das imensas
riquezas tomadas dos povos conquistados, os assírios puderam aperfeiçoar
táticas e armas de guerra. Duas de suas armas de guerra mais eficientes eram o
carro de combate puxado a cavalo e o aríete.
Mas o que de fato os tornou
conhecidos foi a extrema crueldade com que tratavam seus adversários, ou
reprimiam revoltas no interior do império. Era comum, por exemplo, cortarem
dedos, mãos e orelhas dos prisioneiros para depois os lançarem ao fogo ou às
águas.
Desde o reinado de
Assurbanipal, a violência e a opressão econômica e social impostas aos povos
dominados vinham provocando inúmeras revoltas por todo o império Assírio.
Debilitado por essas
rebeliões, o império desmoronou em 612 a.C., quando os caldeus (habitantes da
Babilônia), auxiliados pelos medos (originários do planalto do Irã),
conseguiram vencer, ocupar e destruir Assur, Nínive (a capital) e várias outras
cidades assírias.
Os novos
babilônios
Nos 73 anos que se seguiram
ao fim do Império Assírio, os caldeus (ou novos babilônios) também se
apoderaram de imensas áreas, constituindo o chamado novo Império Babilônico.
Durante as violentas
campanhas militares chefiadas por Nabucodonosor, os novos babilônios arrasaram
Jerusalém (586 a.C.), prenderam milhares de judeus e os forçaram a marchar como
escravos para a Babilônia.
Contribuições
culturais
Com as imensas riquezas
obtidas em várias partes do império, Nabucodonosor ordenou a reconstrução da
Babilônia, embelezando-a e transformando-a no principal centro cultural da sua
época. Foi quando a cidade ganhou a célebre Torre de Babel (uma construção
piramidal composta de vários pisos, encimados por um templo dedicado ao deus
Marduk) e os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, tidos como uma das “sete
maravilhas do mundo”.
Como acontecera com os
outros impérios mesopotâmicos, o novo Império Babilônico também foi abalado por
revoltas internas, invadido e conquistado. A conquista deu-se em 539 a.C.. Os
conquistadores eram os persas chefiados por Ciro, o Grande.